segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Durma medo seu

“Às vezes a coragem é como quando a nova lua”


Tens medo de mim

Escreverei teus medos em mim

Aproveite e saborei o próprio medo

Na minha boca há medo também
Um medo rosado
Um medo avermelhado
Que se o tocares
Te contagiarás
Minha saliva palpita como um coração assustado
Tudo o que sentia estava preso em um olhar
Olhar que pra mim era como um quadro
Uma arte moderna a qual eu contemplava confusa
Segredos que se revelavam por si só
Desejos respondidos
Mas faltou a conclusão

Tens medo de mim porque em nós o juízo
Transcende
E voa
Mas alguém puxa esse balão
E traz nossos pés ao chão
Mas nossos olhos
Ah... nossos olhos
Vêem apenas o mar
E todos elementos que por ele são enamorados...
Tal como a lua vazia que chora
Tal como o sol que debocha

Tens medo de te perder e de não te achares mais
Eu serei teu labirinto e em mim te perderás
E eu te acharei
Em meio aos meus pensamentos
Em meio ao meu corpo
Me dando as mãos
Correndo de mim
Correndo em mim
Correndo para mim
Com um sorriso no olhar
Com um olhar faiscando em mim

Mel e seu infinito desejo...

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