sábado, 23 de outubro de 2010

"Histórias de amor duram apenas 90 minutos. A vida possui histórias muito mais longas e interessantes."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E é uma lição severa saber quanto vale na vida a liberdade.

Palavras que transcendem seus significados

O fogo me inquieta e me hipnotiza

O mar me acalma mas me amedronta vezenquando

Mas as estrelas

Ahh as estrelas

Desde criança, elas eram tal como anjos pra mim

Anjos os quais me piscavam o olho e diziam

Siga em frente!

A cor-se-rosa também sabe ser quente

É que ela se esconde atrás de suas sutis máscaras

Rosa que vive para o infinito, difere

do vermelho que vive para o momento

Rosa rubra corada

Envergonhada de estar em busca do que mais lhe atrai

Do que lhe hipnotiza e a aquece:

O fogo

A água também

Mas da água a dona rosa tem medo

Receio de afogar-se nessa água e que o Sr. Fogo

Nunca mais nela confie



E é uma lição severa saber quanto vale na vida a liberdade.

sábado, 16 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O silêncio das palavras

silenciei
e nunca
nunca mais
falei
era o silêncio das palavras
que pareciam haver se desencantado
eram os gritos e sussurros dos corpos
que também sabiam agir e amar em silêncio

Soube ser tua brisa
Soube ser tua tormenta
teu vendaval
tua calmaria

agora
sei apenas ser um vento do universo
um vento que acredita
que um dia
a onça comerá a lua

Devorar o outro
Interpretar o outro
Amar o outro
perdoá-lo
e amá-lo novamente
mesmo diante da ingratidão

Só o vento das vaidades
Só o vento das vinganças

Só o vento só
em frente ao espelho
com a boca de vermelho
e com as mãos carregadas
de bem e mal

Bem = Mal

ainda sem título

"Calma,
todo está en calma,
deja que el beso dure,
deja que el tiempo cure,
deja que el alma
tenga la misma edad
que la edad del cielo."
(Jorge Drexler)



Idade do céu
Silêncio antigo

Calma
é só a fronteira do silêncio

beijo que nunca teve
alma que sempre teve

somos um punhado de mar
água que perdoa

eu do céu te via na terra ornamentando
e embelezando meu olhos de céu

tempo que me cura
tu que me cura
teu amor que me cura

O que o fogo destruiu
A água há de reparar

Tenho marcas das tuas faíscas
Agora tenho sede

Soneto de corpos sem rimas


Jurasse beijar meu corpo sem descanso
Jurasse desatar as amarras em volta do meu pescoço
jurasse me cruzar sem mapa nem bagagem
Me beijasse
Chegasse ao meus segredos
bebesse nos meus rios
me avivasse quando virei fogueira em nós
era minha a língua de lua
era tua a língua de sol
e foi tudo sem descanso
sem rumo
um peregrino
um herói demoníaco
pés
dedos
pernas, tudo meu, todos sem sinais de pare
nem era manhã e já havias chegado aos meus segredos e
aos meus vales escondidos
choro canção e dança
pra te contemplar
tal como num rito antropofágico
em que a calma só viverá
quando a onça comer a lua...

"Juro beijar seu corpo sem descanso"

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mini-ciclo de finalizações!!

Do que eu preciso me libertar?

Pessoas são anjos quando menos esperam

Mesmo com certas mortes
Ao meu redor
Sobrevoavam anjos

Mesmo com a noite
Que é vencida pelo dia lentamente
Sorri

E descobri que é isso que eu amo
Mesmo “vezenquando’ triste amo doar-me
Mesmo para os que só o outono, quase inverno me mostram

Tenho a primavera em mim
E são flores e frutos que quero oferecer
Aos amigos, aos amores, à família...

Aos que me cercam e que de mim se afastam
Todos terão o que em mim é único e útil
A única utilidade que em mim vejo agora

O meu sorriso

(Não apenas uma gargalhada em vão)

domingo, 3 de outubro de 2010

Um pouco da mulher mais linda da cidade


Maria cruzava aquele bosque
João enxergava aquela estrela
Sentia uma luz viva tão poderosa
Mas ao invés de temer
Olhou-a
Tentou tocá-la...
Foi aí que se perdeu
Ela e seus receios formados por cacos de vidro
Ela e seus sorrisos puros mascarados pelos bares
Louca - em meio às suas preciosas loucuras havia sangue
Era o sangue da vida e não da morte
Ela sentia-se viva a cada talho na pele
A dor lhe dizia: “Estás viva!”
O rum vibrava dentro de sua pele
Era o alimento de sua alma
Maria trocou seu nome muitas vezes
João precisava dessas suas variações
Ele as juntava tal como pétalas de uma margarida
E desejava a personificação de uma bela rosa
Uma imaginária
Uma imaginada
Uma que não existe
“Eu sou um pouco” A chamada Cass lhe disse


---

A Cass é intensa. Ou tem o corpo VIVO mesmo que magoando-se e deixando-se ser usada por tantos ou tem a alma VIVA, quando ouve um inesperado e tão esperado “Eu te amo”. Tal vivacidade e morbidez não se bateram de frente, ao contrário, elas se distanciaram, tal como Cass que decidiu afastar-se do homem mais feio da cidade, pois por mais talhos que ela tivesse no corpo, era a sua alma que sangrava e jorrava vida pelos seus poros quando ele por perto estava, e foi então que a morte aproveitou a chance e lhe disse: “És a mais bela, vem!”
E ela morreu, amou, viveu. Exatamente nesta ordem.

Loucura ordinária de Cass e de mim mesma...

Agora sou a Cass
Oras café
Oras rum
Muitas vezes pele
Face quebrada como a garrafa
que enfio propositalmente em mim
Tempo: “tu me dói vezenquando”
Vida: “bebo o poder do teu sangue”
Cass
Anda pelas ruas da cidade
Cruza bosques
Tenta te invadir
Seus seios doces
Mas que só são doces
quando vibram surpresos pra ti...
Quando decidi que te queria
matei-me
matei-te
mas não nos matamos em cada um de nós
olha pras tuas mãos
inala o odor das tuas mãos
é o perfume da vida desejo
e o que pra mim não tem nome
até mesmo porque neste bosque
é indiferente
pois sou tua frase mais preciosa
pois tenho a pérola mais pura

meu corpo ri loucamente
do que minha alma teme