domingo, 17 de janeiro de 2010


Não uso relógios
Meu tempo já não me permite essa delicadeza
Minha delicadeza já não enfrenta o tempo
Francês Violão Natação
Amigos festas e o João
apontam cruelmente para o relógio olhando em minha direção.
Em um ângulo que faz o ponteiro se abrir em 180º
9:15
12:30
6:00
3:45
O tempo se faz linear.
Retrocessos e voltas mágicas somente com deja vu...
Às vezes tudo...
Às vezes nada...
Ainda dá
Ainda há tempo
Foge enquanto todos os relógios ainda não foram mortos e assassinados
Com requintes de esperança num tempo quem não vai voltar
Num tempo que não iremos alcançar
Não fica abalado
Não fica abalada
Te escrevo isso para viveres o presente
Às vezes fico à flor da pele e me esqueço
E me jogo num labirinto e me jogo num canto
Feito um cão prestes a morrer
Às vezes me acordo tão feliz que quero tudo agora
Neste presente infindável cheio de ponteiros
Dos quais me liberto seja manhã tarde ou noite
Quero viver em todos turnos
Contemplar
“Templar”
O tempo no meu lar
O tempo no meu corpo é linear
O tempo dos meus eus é feito uma máquina do tempo
Vôo para onde e quando e com quem quero
Só não escolhos as emoções e os sentimentos
Aii... e é disso que corro fujo desespero
Aii... e é para isso que corro e quero e me liberto

Fim dos Tempos


Fim dos tempos abalam minha consciência
Não me importo mais
E tiro fotos
E não ajudo o bebê que cai das alturas
E não me compadeço da mãe que gritA
Só quero um canto com meus amigos
Para que em mim e Para que em nós
Os pingos não caiam e recaiam
Machucando e cortando com o poder da água
O poder das nuvens
...Nuvens que era desenhos de minha infância...
Óculos para embaçar minha visão neste temporal por vir
Então terei minha realidade embaçada e embasbacada
de ver tantos atônitos e descrentes das conseqüências que merecem

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Viver espiralmente X vida linear

O eu e o monstro
É tão horrível saber disso e daquilo
E as pessoas querem mais...
O tempo não é linear
Tal como numa espiral vivo e vivemos...
Começo com uma idéia
Começo com um sentimento
Mas eles se perdem
Na verdade se modelam na espiral
E as tais idéias e os tais sentimentos
Parecem e Aparecem diferentes
E os meus gostos e idéias se tornam diferentes
A surpresa dói quando é inentendível
O errado é o não linear que outros esperam de ti e de mim
O certo é o que?
O certo é viver distraída tal como vendo uma tela de radar
O certo é viver deixando os outros acharem que vivo no mundo da lua
Já não espero mais do que isso...
Por isso me vou, por isso voarei a perder-me em pedaços
E ao achares que sou única te perderás em um ou mais de meus eus espatifados
Mas, um dos meus eus me fará te perder, como sempre fazem...
Por isso
Vôo
Mas as idéias foram pra espiral agora...
...............................................................

(...)

(...)
O que me repugna é o vício
O que me vicia é o gosto
O que me provoca é te olhar, sentir, degustar e sentir...
Sentir mais de uma vez é a pimenta deste doce.
Dia da prova:
Primeiro

Te cheiro

Por segundos

Te olho

Para terceiros

Apenas te provo

E quando te ouço?

E quando te ouço
As palavras vêm embaladas
Enfeitadas e divertidas...
Tal como o manjar dos deuses.

Não apenas te provo, mas aprovo
e reprovo quem tem provas contra o vício de ... sentir...
(...)

Música e anjo

Desperta e vigilante sejas
Acorda do mundo particular do eu
Fechado estás no teu mundo
Aprisionado estás nos teus interesses
Vive para fora para entender o interior
Ele se manifesta através da música
Música dos anjos nos teus ouvidos musicais...

Sou segredo e sou sombra

Sou segredo e sou sombra
Segrego e agrego-te
Imagem de um leão covarde
Segredo de um feiticeiro humano
Sua sombra minha face
Segredo que se mostra
profundamente
para quem é especial
E me traz presente no presente!

"Não me venha com papo de anjo"

"Não me venha com papo de anjo"
Voem anjos e renas
Me tragam a partidura mágica!
Partiduras que foram bocejadas
E para o céu e nuvens voaram
Também estão nas vidraças
Nas torres das igrejas
E no chão com as flores roxas
Sem os anjos e as renas
a esperança estaria perdida
E ao tocar cada pedacinho da lua
Ao fim recuperei minha voz e a tua música
Fogos no céu
Abraços e música que salvam
Luz do luar não me assombra...