sábado, 26 de dezembro de 2009

E nas nuvens do céu?

"Meu caminho não cabe nos trilhos de um bonde" C.F.

por mais flores que neles hajam
por mais rosas rosas que neles me encantem
por mais retos e corretos que sejam seus caminhos
por mais longa que seja a distância entre os extremos do meu caminho
por mais belas paisagens que possa fotografar e revelar com os olhos
por mais que pessoas loucas sentem ao meu lado,frente e redor
por mais que essas pessoas me ensinem com suas estórias
por mais que a natureza se mostre através da minha janela
por mais que animais irracionais, mas sentimentais me ataquem através da janela
E então... acordo... E dajanela vejo o meu quintal... minhas flores regadas pelo temporal...
minhas árvores voando pelo céu...
meu cachorro latindo macabra e docilmente...
meu gato bebê pedindo ajuda para descer do telhado...
minha mãe cuidando do canteiro e do jardim da alma...
meu irmão correndo contra o tempo no quintal...
meu outro irmão me perdoando..
E meu pai abençoando-me!
Já estou acordada...
"Meu caminho não cabe nos trilhos de um bonde"
Nunca andei de bonde
Sei lá por aonde...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Poema lindooo of a friend :) Thanks

Mulher da pele suave e delicada
Boca quente e provocante
Olhos instigantes e brilhantes
Provocaste meus sentidos com teu beijo doce
E agora te quero a todo instante
Deusa do olhar fatal e do sorriso perigoso
Lua que iluminou a minha noite
E insiste em vagar pelo meu pensamento...

Quando achei que estava perdida
Você apareceu
Meus olhos encontraram os teus
E meu pensamento se perdeu

Se perdeu pelas tuas curvas
E não sei onde vou parar
Talvez hoje, ou amanhã
Aqui, ou em qualquer lugar
Nos teus sonhos vou estar
É tudo que eu sempre quis.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Te busco em mim por medo de me perder em ti.........

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação." CL

Preciso me achar
Me encontrar
Te encontrar em mim
Te busco em meus sonhos e pensamentos
Te busco em cada pedaço do meu corpo e sinais
Te busco em mim por medo de me perder em ti
Minha mente é um labirinto que me deixa tonta
Penso em querer-te... Tenho-te
Penso em parar-me... paro-me
Não
Não paro
Ahh agora já me perdi mesmo
O “eu-outro” disse pro “eu” algo em segredo...
Quis descobrir e me perdi mais ainda
Quero descobrir-me através dos outros
Outras pessoas me dizem como sou
Tu não dizes, mas me mostras
Meu “eu” decidiu algo
Nem acredito...
Mesmo vendado
Mesmo na escuridão
Mesmo querendo o oposto
Agora decidiu o contrário
Ora essa...
Se vendas não me freiam
Se a escuridão me libera
Se te trago como gosto
Se me tragas e me trazes como queres
Querida e quista sou
“Eu” maldito que me engana e desengana a cada dia
“Eu” bendito que me prova e me provoca
com as surpresas de um labirinto
no limbo estou com o bardo
que me encanta e me lê poemas
e é assim simples e momentânea e viciante
esta vida
Me acho
Depois me esqueço

Mas senhor ou senhora poeta: o coração bate intensa e mente!!

"Às vezes me dá enjôo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta.
E é só." CL

Quem é o poeta?
Ser desorientado
Bardo violentado
Coração atormentado
Sua lágrima cai como um breve momento
Mas o coração bate intensa e mente
Mente como o sangue que corre e foge
O fogo deste sangue que se espanta com a lágrima
E vem o sopro...
E vem as palavras...
lágrimas contidas no coração da vida
agora é o papel que te tem
e é nele que confias
pessoas me enojam e as vomito enquanto sonho
pessoas mentem intensamente
e mesmo assim acredito
e creio
E é verdade
que a vida é apenas um sopro de diferentes gostos
e ritmos?
sopro que é intocável,
por isso me escondo nesta toca
não me aceito plenamente
não garanto meu entendimento
se me entenderes ganharás um prêmio
esta e este são os poetas
cheios de sopros de vida e de morte
cânones e marginais de meu sopro
e o sopro corre para ti
e foge para o outro
e se engana confundindo-se com a nuvem nublada
e se engana com as chamas quentes que o seduzem
e se engana com a aventura das ondas compostas de sereias
e se engana com o barulho dos tambores
Aiii tambores... que enlouquecem meus sentidos híbridos
E meu coração que com seu tempo ávido e ”concreto” bate
Tamborinando
Aventurando-se
Sentindo o sopro da vida
E querendo mais

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Fim do ano... não sabia que o tempo tem fim... não sinto esse fim...

Cai cai balão!!
Balão que esvazia-se e chega a mais um fim
Em seus vôos o que conquistou?
Quem conquistou?
O vento leve e breve bateu em sua face e doeu,
porque ele achou que tal leveza e brevidade
não atacariam como um gás hilário e nobre tal como o Hélio
Que me encheu de risos... me fez criança...
jogando bola, comendo bala, subindo na árvore...
E lá do topo, lágrimas voaram e não chegaram ao teu alcance
Por ti - para ti- con ti go - em ti - e finalmente - sem ti
Virei pérola
Sagrada
Sacramentada
Chorada
Atormentada
E apaixonada
E esvaziando-me
Sofri e Vivi e não vivi e me escondi em minha concha
Muitos me chamaram, me aclamaram, mas surda estava
Parei e lembrei de quem amo
De quem amei e abandonei e não expliquei o porquê
Agora quero seu abraço... mas já fosses sem despedir-se
Como queríamos... .
Quando era a maçã lá no topo
Quando era balão perdido no céu
Quando comecei a esvaziar-me
Quando pedi pra esquecer o inesquecível por medo
Quando te tive e me tiveste só em parte
Estavas lá
E meus 6 sentidos estavam dentro do balão...
Lutando por um equilíbrio... mas eles fugiram...
Voaram para longe e para perto
Tão perto que não enxergava, não sentia, não ouvia,
Não te degustava e muito menos tinha seu perfume...
Mas restava algo do sentir o sensível
É o que está me fazendo voltar ao chão
Aos da minha volta
Aos que me vêem e me enxergam
Mas os que não me enxergam me põem em conflito...
Mas não vôo mais esse ano!
Finalizo no chão!
Mas... longe de ti
Mas... perto de mim
Mais perto de eu
Mais longe de tu

Percepção aberta tal como portas e olhares...

Na foto és o objeto do meu olhar e o sujeito dos meus sonhos
Na foto sou o objeto do teu olhar mas não mais o sujeito dos teus sonhos...
Fotos narcísicas
quando és tu que os outros vêem...
Mas eu me enxergo nos teus olhos
e acabo que esqueço de ti

Mordida de cachorro dói mais ainda

Mordida de cachorro dói mais ainda
Porque sabemos que é algo vivo que nos morde
Algo vivo que quer nos reanimar através da intensa dor
Dói porque rasga a carne... vejo as entranhas estranhando-se
Elas que convivem mas sofrem com a convivência alheia...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Presente inexistível

Não é porque é passado que a beleza passou
O belo não está circundado pelo tempo
Pensa num ente querido que se foi
É uma pessoa do passado
Não é mais uma pessoa bela, graciosa e com valores que ainda carregas?
Pois é...
E é do passado
E é belo
A eternidade de um olhar
O eterno da palavra
Meus valores são valores do passado presente e futuro
O tempo não existe, é abstrato, incontável...
O ser humano em seu desespero criou meu relógio
Me deu horas pra viver
Horas pra dormir, amar, ler, escrever, calcular, mas não pra acordar
Estão todos dormindo
Estão todos adormecidos
Regidos pelo Tempo que não existe
Até riria muito deles... senão estivesse regida por este diabo e deus
E erro porque quero
Não por causa de Dionísio ou Afrodite ou Hera ou Pandora ou Apolo ou Diana
Diana é a Lua
Irmã de Apolo
Nunca se encontrarão
E isto é verdade eterna?
E te pergunto... tu desdenha o passado?
Tenho um eu lá e um outro-eu cá
Que nunca se enxergam
O espelho não adianta
É apenas um reflexo de quem não posso ver a olho nu
Quem me vê diz o que vê?
Eu me me vejo mas não enxergo
Antes me olhavas, agora me observarás?
Presente

Divisórias que me perturbam...

Não é uma pedra que me divide
Não é nuvem que me encobre
Procurei o vapor
Achei-o
Achei que o achei
Cá perdida estou
A pedra que separa o mar da terra
Desapareceu com o dilúvio...
Todos e Todas que me habitavam
Tal como nuvens evaporaram-se...
E eu... criança...
A ver anjos e demônios nas nuvens
Amedronto-me de mim mesma
Pavor de ser esta e aquela
“There are tears in my eyes”

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Encanto

És minha imperatriz
Minha pele
Meu asfalto
Cabelos vermelhos
Paradeiros de meu itinerário
Azar ou Sorte
Amar ou Morte
Sou um louco
Feiticeiro
Sorte de um amor tranqüilo?
Morte da poesia que grita a viver...
Azar é atacares meu desejo e não saber calá-lo
Amar é se abrir pra receber a vida...
Sentir a dor de nascer, chorar, entender, alucinar, temer, se perder...
Viver
Sofrer é viver
Encanto