sábado, 25 de fevereiro de 2012

Kronos

O tempo fecha-se nele mesmo
Tempo fechado
Fecho as janelas
A borboleta bate suas asas enlouquecidamente no quintal
Ela não pára
Ela não posa
Pra foto
Peço-te então para desenhá-la
Pode ser?
E a palavra tempo parece que se fecha em si mesma
O tempO

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

E esta lacuna _________________________________________________________________________

É tudo

.

Você feliz?

7:30h

19:30h

Tem horário para deixar a alegria entrar, para a diversão aparecer?
Perdi meu relógio
Meu despertador pifou
Nem meus pés na areia foram proveitosos
Será que era porque estava escuro?
Uma estrela cadente me apareceu
Não posso dizer qual foi o pedido
Mas confesso que pedi por outras pessoas melhores merecedoras
Vi estrelas
Mas não adiantou
Elas já estavam mortas
E
Eu


Viva

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Estranha perfeita


A música dela não combina com o carnaval

Os passos dela não vão pro teu caminho

Seus ouvidos se encantam

Ora é o barulho daquele que lhe ventila a dor

Ora é o ritmo que faz seu espírito levantar-se!

E o corpo briga

Mas a mente lhe mente e ganha!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Agridoce

Romeus são feitos de vinagre e sal
Romeus são aflição e sorrisos amplificados
Romeus são sonhos e desejos
Romeus são punição e realidades aumentadas
Romeus são consequentemente agridoces.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Mais simples?

Quanto mais busco versos simples,
Mais complexas as situações se tornam
Mais calafrios eu causo
Mais pactos se desformam

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ao som de Porto Alegre de A Calcanhoto

enfim só!
com o sorvete
e alguns nem querem prová-lo
querem prová-lo
pois ele pode ser muito gelado
e aí doem os dentes
mas e para que existem os dentistas?
para que servem os dentes?
para gelarem
para doerem
(vezenquando.)
mas alguns tem medo
do sorvete
o meu preferido é o de creme com flocos
e o seu?

Depois do sorvete não sucumbi a outros vícios
Ao ritmo da graça e do encanto

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A criação

Foi quando eu me perdi
Pois a porta estava aberta
Minhas chaves caíram em um bueiro
Pois metade de mim estava nas nuvens.

Nunca fechava portas
Até o dia em que um vendaval
Derrubou minha morada

Assim fui criada
Sem portas onde eu estava
E
Com minhas portas fechadas
Um dia Alicia
Achou que me fazia um favor
Alicia se pintou
Emudeci
Zanguei-me
E o rímel desaguou em sua face
Misturou-se às lágrimas
E ela que um dia desses
Sonhou com um vestido de noiva
Nunca mais voltou pra me ver.
Alícia, você vai ver!

Vestidos

Vestidos que se transmutam e se transfiguram
Se transformam em saias
Encurtam-se.
Encontram-se na cama
Apenas os cintos
Encontram-se no chão
Os chicotes