sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Presente inexistível

Não é porque é passado que a beleza passou
O belo não está circundado pelo tempo
Pensa num ente querido que se foi
É uma pessoa do passado
Não é mais uma pessoa bela, graciosa e com valores que ainda carregas?
Pois é...
E é do passado
E é belo
A eternidade de um olhar
O eterno da palavra
Meus valores são valores do passado presente e futuro
O tempo não existe, é abstrato, incontável...
O ser humano em seu desespero criou meu relógio
Me deu horas pra viver
Horas pra dormir, amar, ler, escrever, calcular, mas não pra acordar
Estão todos dormindo
Estão todos adormecidos
Regidos pelo Tempo que não existe
Até riria muito deles... senão estivesse regida por este diabo e deus
E erro porque quero
Não por causa de Dionísio ou Afrodite ou Hera ou Pandora ou Apolo ou Diana
Diana é a Lua
Irmã de Apolo
Nunca se encontrarão
E isto é verdade eterna?
E te pergunto... tu desdenha o passado?
Tenho um eu lá e um outro-eu cá
Que nunca se enxergam
O espelho não adianta
É apenas um reflexo de quem não posso ver a olho nu
Quem me vê diz o que vê?
Eu me me vejo mas não enxergo
Antes me olhavas, agora me observarás?
Presente

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