segunda-feira, 10 de maio de 2010

Uma vez a outra...

Uma vez a outra me disse
que era pra ser que nem eu...
Uma vez parte do meu eu gritou:
-Segura-me enquanto eu vôo...
Vôo para os braços de alguém...
E aos brados o bardo me compõe um poema...
me canta um fado...
me toca como se eu fosse uma guitarra...
suavemente às vezes...
ferozmente quando loucos...
e viajo nas notas e no ritmo que imitam
meu coração...
Agora, o coração bate triste, desamparado e só
É que a música parou e o encanto se desfez...
Nessa hora me vi no espelho...
E a idiota estava lá...
Lúcida em meio à loucura...
Sem querer o que quer...
A palheta caiu no chão...
Ninguém viu...
Ninguem vai ver...

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