quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Saudade que rasga, destrói, dilacera e corrói o que é vermelho...
Fico azul... Muito azul... quase lilás... quase roxa de melancolia
Quase... quase... quase...
Muito... muito... muito...
Quero muito
Tenho pouco
Pouco que me foi tirado
Muito que me vem em sonho
Não quero mais sonhar
Quero voar
Mas asas me são cortadas...
Meu anjo que as cortou...
Ele disse:
- Ei!! Menina idiota... não vês o caminho das pedras?
E o anjo continua:
- Tens uma estrada de brilhantes verdes que se transforma em
Arco íris...
Mas eu grito, esperneio:
- não quero o pote, o ouro é amaldiçoado... quero o presente...
quero a voz da poesia que me acorda...
ou me embala pro inferno...
E a luz se vai... evanesce... esvanece...
Mas a saudade não é perecível...

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