sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Mr. Poem: There’s no getting over you (Vicky will visit you)

Você esquecido
Você mascarado

Primeiro ela vestiu-se clássica, o preto lhe caía muito bem, embora tal cor a escravisasse, também delineava suas curvas e a classificava como a dona “!”.
Minutos passaram-se, e a cor branca a dominava, o cabelo desalinhado, o rosto suado e o olhar... o olhar preocupado e o olhar de raiva
Minha curiosidade era pela Vicky.
Minha curiosidade era pela sala-de-jantar.
E lá estavámos nós mascarados: a face, os trajes e os trejeitos, mas desde quando e quem disse que máscaras são falsas? Fiz questão de colher uma flor, uma margarida e enfeitar os raros brancos de meus negros fios com a verdade. E desde quando o que é real é sincero? Vários “vocês” que não eram fruto de minha imaginação me presentearam com seus lados B. Por que o lado A é sempre o primeiro e o melhor e o mais animado?
23 anos e 1001 questões. Esta é Vicky. A sala-de-jantar era a nossa sala-do-pensar, e pela fechadura o olhar suado tal como o rosto, preocupa-se e se enraivece. Verdadeiramente? Se envaidece!
Este é o começo do meu contar que pede para não ter data para terminar, pois a palavra “fim” faz mal à literatura, assim como a essa dama. O fim do preto clássico, o fim das curvas, o fim dos mil olhares, o fim da curiosidade ponto final. Não há nem graça de pensar se curiosas não estás e não estarás.
E é assim que Vicky tira a máscara colada em seu rosto, e até seu aroma se desfaz e mais do que o possível se faz real: o olhar se equipara à nada. Exatamente nada, e Vicky torna-se não alguém e eu a convidei para tomar um chá amanhã à tarde e no convite diz: traje alto-esporte!
E é por isso que o poema se desloca se enlouquece, troca de roupa, mas há sempre uma bebida para lhe satisfazer e lhe inspirar. E eu e Vicky vamos esquecendo e mascarando-nos por vezes
...

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