segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Não me reconheço

Sempre em minha mente
este gosto diferente
ao provar cada par de lábios
me estranho mais
e me entranho mais.
não me reconheço
diante destes e daqueles.
eu não estou em suas pupilas abertas com sangue
escorrendo...
estou em uma parte milésima
que te prende a este mundo
um pedaço de carne que purula por alma
agaichada escondo e exponho toda minha dor
nem o álcool... nem as chamas
entram neste pedacinho do céu...
habitat que existe por si só
eu que existo dependente de meus sonhos
sinas... sinos que embalam meu tempo com sinais de aguarde
esqueço... desisto...
busco... recordo...
te acordo
todavia
me deixas dormir
achas que sou anjo e te assustas...
não somos anjos... se fôssemos estaríamos juntos...
pregando o bem de porta em porta...
o bem que me fizeste e de um copo d'água transbordei
e pelo cipó me fui à mata te procurar e me abandonar...
depois que me abandonar me encontrarei...
assim sendo aprenderei uma nova língua rapidamente
e viverei feliz intensa e nova
mente
nos teus leves e fortes braços
na tua rosa e bela boca
no teu olhar que pede e me repele
no teu eu que me sente e me abandona
(...)
(...)
(0)
(8)
só me enxergo nos teus olhos espelhados
vêm e te enxerga nos meus olhos... vê tua lindeza!
continuarás na loucura
mas numa loucura acompanhada...
cerceada de sentir o que só no sonho a identidade mostra
e o
EGO
ALTER EGO
SUPER EGO
serão estudos breves
de um tempo breve e finito em sua unicidade,
pena que não infinito para todos seres da mãe de todos
...
()
()
...

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