terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pedaços de uma maçã azul

A maçã que se alimenta emocionalmente, sentimentalmente e apaixonadamente pelo poema, pela voz e pelo ritmo do poema...
Essa moça maçã é inteira e é vermelha.
No momento, encontra-se azul...
Não inteiramente...
Mas em pedaços é azul...
É triste tal como o azul...
Tristeza suave que busca a paixão incontrolável
Escuto blues a fim de me afundar no azul...
E lá me afogo...
Notas musicais cortam meus dedos
Compositores me apagam de suas páginas incessantemente...
Cordas vocais vermelhas gritam e minha face se reprime em azul...
Sufoco me afogo no fogo da cor rubra
Me afogo sufoco na água da cor céu
Cor céu que se nubla
Cor água que chora
Cores que não se entendem
Elementos...
Ele mente
Mentor de cabeças
Mantém o desmando e o desmundo
Na floresta dos carros
Na floresta das maçãs podres
E rotas tal como tua mente que acha que mente
fruta que espelha encantamento
“menina, cuidado que mancha”
“come logo, senão tenho que jogar fora”
Roxinhos que marcam sua morte
E quando me machuco e roxa estou,
Estou morrendo ou apodrecendo?
“Mamãe, caí da bicicleta, ai ai ai... estou apodrecendo?”
“Não querida, estás amadurecendo!”
“A cada tombo minha maçazinha, aprendes e me ensinas a ser mãe”
És fruta da mãe e fruta da outra... fruta bela e rota sabes ser...
Todos Todas Te Tem Todos Todas Tu Tens
A Hora da Maçã.

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