sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
DOR
Clarice L. diz:
"A dor não é motivo de preocupação. Faz parte da vida animal."
Caio F. diz:
"A dor é a única emoção que não usa máscara!
Sabia só que doía, doía. Sem remédio.
Quanto é mais forte a dor que sinto, mais vivo sei que estou.
E quem disse que a dor não te faz crescer?
Respirou fundo. Morangos, mangas maduras, monóxido de carbono, pólen, jasmins nas varandas dos subúrbios, o vento jogou seus cabelos ruivos sobre a cara. Sacudiu a cabeça para afastá-los e saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa. Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro (diria quase outubro), daquele sábado (diria daquela sexta), daquele vento, daquele céu azul, daquela não-dor, afinal."
Eu digo:
Concordo com tudo e não quero de maneira nenhuma a não-dor. Me dói saber que temos partes podres que devem ser queimadas e jogadas no lixo. Antes e depois me doeu, durante eu estava anestesiada e imaginando como seria o que estava podre em mim, agora que a ferida está aberta ainda dói, sei que a ferida pode voltar e terei que passar por tudo novamente, mas não não há remédio e muito menos melancolia, há acima de tudo a vida e os meus quereres que despertam e anseiam a cura! Ah esqueci de dizer que há anjos que são os que nos auxiliam, nos guiam, nos amam, nos dão lembranças e nos ligam.
"A dor não é motivo de preocupação. Faz parte da vida animal."
Caio F. diz:
"A dor é a única emoção que não usa máscara!
Sabia só que doía, doía. Sem remédio.
Quanto é mais forte a dor que sinto, mais vivo sei que estou.
E quem disse que a dor não te faz crescer?
Respirou fundo. Morangos, mangas maduras, monóxido de carbono, pólen, jasmins nas varandas dos subúrbios, o vento jogou seus cabelos ruivos sobre a cara. Sacudiu a cabeça para afastá-los e saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa. Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia. Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro (diria quase outubro), daquele sábado (diria daquela sexta), daquele vento, daquele céu azul, daquela não-dor, afinal."
Eu digo:
Concordo com tudo e não quero de maneira nenhuma a não-dor. Me dói saber que temos partes podres que devem ser queimadas e jogadas no lixo. Antes e depois me doeu, durante eu estava anestesiada e imaginando como seria o que estava podre em mim, agora que a ferida está aberta ainda dói, sei que a ferida pode voltar e terei que passar por tudo novamente, mas não não há remédio e muito menos melancolia, há acima de tudo a vida e os meus quereres que despertam e anseiam a cura! Ah esqueci de dizer que há anjos que são os que nos auxiliam, nos guiam, nos amam, nos dão lembranças e nos ligam.
sábado, 17 de setembro de 2011
perfume duradouro
São raras as pessoas que me fazem doer, que me fazem lembrar a humanidade que me enche e me preenche. Há três pessoas, talvez quatro. FOJ
Meus luares, minhas saudades, minhas dores no peito, um dia foram minha calma, agora eu é que neles estou calma. Talvez para eles eu seja que nem aquele perfume que do nada sentimos e que traz a distância para perto e logo após esquecemos.
Meus luares, minhas saudades, minhas dores no peito, um dia foram minha calma, agora eu é que neles estou calma. Talvez para eles eu seja que nem aquele perfume que do nada sentimos e que traz a distância para perto e logo após esquecemos.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Te pareço vital?
É vital para mim te surpreender da forma mais simples e prazerosa.
Eu envolvo aquela onda de água torrente que te bate na cara e que é bem ou mal, mas te é vital
O fogo não se arrepende de ter te tocado e ele participa do teu jogo com as suas chamas silenciosas que te ardem e o silêncio é o grito
Estou na volta das nuvens passageiras e carregadas que te apavoram com seus raios e a luz é veloz e velozmente foges para dentro de mim
Mas é ao ver a raiz daquela árvore voando em círculos que ouves a melodia que sempre esteve lá
Me ouves?
Eu sou a música
DESENHO DE WAGNER PASSOS com a imagem de ALESSANDRA FERIS http://www.alessandraferis.com/
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Que surge do nada e de ninguém
Só de pensar que ele abre o livro no mesmo instante em que ela umedece seus dedos e folheia as primeiras páginas
Páginas de glórias com prazos irrevogáveis
E ele pára na página na qual ele estava certo que conheceria
E ele achou que saberia o início meio fim
E ela o surpreendia a cada folha embebida de sua saliva
Ela não é um livro aberto
Sua vida não é um livro aberto, agora entendes? A surpresa sempre será inédita por mais que estejas na mente no corpo dela
Entendes?
Páginas de glórias com prazos irrevogáveis
E ele pára na página na qual ele estava certo que conheceria
E ele achou que saberia o início meio fim
E ela o surpreendia a cada folha embebida de sua saliva
Ela não é um livro aberto
Sua vida não é um livro aberto, agora entendes? A surpresa sempre será inédita por mais que estejas na mente no corpo dela
Entendes?
Mr. Poem: There’s no getting over you (Vicky will visit you)
Você esquecido
Você mascarado
Primeiro ela vestiu-se clássica, o preto lhe caía muito bem, embora tal cor a escravisasse, também delineava suas curvas e a classificava como a dona “!”.
Minutos passaram-se, e a cor branca a dominava, o cabelo desalinhado, o rosto suado e o olhar... o olhar preocupado e o olhar de raiva
Minha curiosidade era pela Vicky.
Minha curiosidade era pela sala-de-jantar.
E lá estavámos nós mascarados: a face, os trajes e os trejeitos, mas desde quando e quem disse que máscaras são falsas? Fiz questão de colher uma flor, uma margarida e enfeitar os raros brancos de meus negros fios com a verdade. E desde quando o que é real é sincero? Vários “vocês” que não eram fruto de minha imaginação me presentearam com seus lados B. Por que o lado A é sempre o primeiro e o melhor e o mais animado?
23 anos e 1001 questões. Esta é Vicky. A sala-de-jantar era a nossa sala-do-pensar, e pela fechadura o olhar suado tal como o rosto, preocupa-se e se enraivece. Verdadeiramente? Se envaidece!
Este é o começo do meu contar que pede para não ter data para terminar, pois a palavra “fim” faz mal à literatura, assim como a essa dama. O fim do preto clássico, o fim das curvas, o fim dos mil olhares, o fim da curiosidade ponto final. Não há nem graça de pensar se curiosas não estás e não estarás.
E é assim que Vicky tira a máscara colada em seu rosto, e até seu aroma se desfaz e mais do que o possível se faz real: o olhar se equipara à nada. Exatamente nada, e Vicky torna-se não alguém e eu a convidei para tomar um chá amanhã à tarde e no convite diz: traje alto-esporte!
E é por isso que o poema se desloca se enlouquece, troca de roupa, mas há sempre uma bebida para lhe satisfazer e lhe inspirar. E eu e Vicky vamos esquecendo e mascarando-nos por vezes
...
Você mascarado
Primeiro ela vestiu-se clássica, o preto lhe caía muito bem, embora tal cor a escravisasse, também delineava suas curvas e a classificava como a dona “!”.
Minutos passaram-se, e a cor branca a dominava, o cabelo desalinhado, o rosto suado e o olhar... o olhar preocupado e o olhar de raiva
Minha curiosidade era pela Vicky.
Minha curiosidade era pela sala-de-jantar.
E lá estavámos nós mascarados: a face, os trajes e os trejeitos, mas desde quando e quem disse que máscaras são falsas? Fiz questão de colher uma flor, uma margarida e enfeitar os raros brancos de meus negros fios com a verdade. E desde quando o que é real é sincero? Vários “vocês” que não eram fruto de minha imaginação me presentearam com seus lados B. Por que o lado A é sempre o primeiro e o melhor e o mais animado?
23 anos e 1001 questões. Esta é Vicky. A sala-de-jantar era a nossa sala-do-pensar, e pela fechadura o olhar suado tal como o rosto, preocupa-se e se enraivece. Verdadeiramente? Se envaidece!
Este é o começo do meu contar que pede para não ter data para terminar, pois a palavra “fim” faz mal à literatura, assim como a essa dama. O fim do preto clássico, o fim das curvas, o fim dos mil olhares, o fim da curiosidade ponto final. Não há nem graça de pensar se curiosas não estás e não estarás.
E é assim que Vicky tira a máscara colada em seu rosto, e até seu aroma se desfaz e mais do que o possível se faz real: o olhar se equipara à nada. Exatamente nada, e Vicky torna-se não alguém e eu a convidei para tomar um chá amanhã à tarde e no convite diz: traje alto-esporte!
E é por isso que o poema se desloca se enlouquece, troca de roupa, mas há sempre uma bebida para lhe satisfazer e lhe inspirar. E eu e Vicky vamos esquecendo e mascarando-nos por vezes
...
sábado, 7 de maio de 2011
Goodbye
("Good Bye" by Kesha)
The hope is fading
From my lips
When I kiss you
With goodbye
When you left go
Of our last embrace
Please don't look me
In the eyes
Secrets out that
I just might care about you
You broke me
You're leaving
Theres nothing I can do
I'll find a way
To close the door
I want to say so much more
But I found you once
You're lost again
2,000 miles
Took what could have been
I don't want to
Won't let myself
I have to realize
This might be
This could be
This is goodbye
This is goodbye
The smiles fate
Was wearing slowly die
Minutes turn to months
Silence of the phone
Just mocks my cry
When I see that
You've moved on
Secrets out that
I did care about you
You broke me
You left me
There was nothing
I could do
I'll find a way
To close the door
I want to say so much more
But I found you once
You're lost again
2,000 miles
Took what could have been
I don't want to
Won't let myself
I have to realize
This might be
This could be
This is goodbye
Do I ever cross you're mind?
Because you're on mine all time
I can't believe
How unfair
Life is sometimes
Find a way
To close the door
And be ok
With nothing more
But I found you once
You're lost again
2,000 miles
Took what could have been
I don't want to
Won't let myself
I have to realize
This might be
This could be
This is goodbye
This is goodbye
The hope is fading
From my lips
The hope is fading
From my lips
When I kiss you
With goodbye
When you left go
Of our last embrace
Please don't look me
In the eyes
Secrets out that
I just might care about you
You broke me
You're leaving
Theres nothing I can do
I'll find a way
To close the door
I want to say so much more
But I found you once
You're lost again
2,000 miles
Took what could have been
I don't want to
Won't let myself
I have to realize
This might be
This could be
This is goodbye
This is goodbye
The smiles fate
Was wearing slowly die
Minutes turn to months
Silence of the phone
Just mocks my cry
When I see that
You've moved on
Secrets out that
I did care about you
You broke me
You left me
There was nothing
I could do
I'll find a way
To close the door
I want to say so much more
But I found you once
You're lost again
2,000 miles
Took what could have been
I don't want to
Won't let myself
I have to realize
This might be
This could be
This is goodbye
Do I ever cross you're mind?
Because you're on mine all time
I can't believe
How unfair
Life is sometimes
Find a way
To close the door
And be ok
With nothing more
But I found you once
You're lost again
2,000 miles
Took what could have been
I don't want to
Won't let myself
I have to realize
This might be
This could be
This is goodbye
This is goodbye
The hope is fading
From my lips
quarta-feira, 4 de maio de 2011
I won't wait forever
- Olha esse poema, é alegre, diferente dos teus, podes ser menos melancólica de agora em diante?
- Leste toda a obra deste autor? Este é um poema irônico, que ele fez homenageando a morte, dizendo estar pensando na vida e a mandando passear.
- Se queres ler, mas realmente ler poemas, te digo que doerá. Tudo que foge do superficial te afunda te aprofunda. Te afunda em sentimento, podes mentir, mas mesmo assim irás sentir e logo te aprofundarás. Não faça como aquela amga egoísta que se afunda tanto em si que precisa tanto do centro que não enxerga quando a criança e o cachorro lhem abanam. Ela ve mas não enxerga.
Só enxergo loucamente
- Leste toda a obra deste autor? Este é um poema irônico, que ele fez homenageando a morte, dizendo estar pensando na vida e a mandando passear.
- Se queres ler, mas realmente ler poemas, te digo que doerá. Tudo que foge do superficial te afunda te aprofunda. Te afunda em sentimento, podes mentir, mas mesmo assim irás sentir e logo te aprofundarás. Não faça como aquela amga egoísta que se afunda tanto em si que precisa tanto do centro que não enxerga quando a criança e o cachorro lhem abanam. Ela ve mas não enxerga.
Só enxergo loucamente
NÃO QUERO FECHAR OS OLHOS
Pediu-me para fechar os olhos
Pediu-me para respirar fundo
Ajudou-me a respirar fundo
Pediu-me para esquecer das pessoas a minha frente
Pediu-me para fechar os olhos e olhar dentro de mim
...
Doeu muito
Doeu tanto que lágrimas rolaram
E apesar de controlada
E apesar de bela
Lágrimas me definiram naquele momento
E eu fechei os olhos
E eu respirei fundo
E doeu-me ter que me encontrar
Quase que fugi
Mas ao fim fugi para dentro de minha própria escuridão
Logo eu que tenho pânico de escuro
Mas lembrei que era pra isso que tinha ido lá
E agora estou assim
Sem sono
Viva
Feliz
Não quero fechar os olhos
Pediu-me para respirar fundo
Ajudou-me a respirar fundo
Pediu-me para esquecer das pessoas a minha frente
Pediu-me para fechar os olhos e olhar dentro de mim
...
Doeu muito
Doeu tanto que lágrimas rolaram
E apesar de controlada
E apesar de bela
Lágrimas me definiram naquele momento
E eu fechei os olhos
E eu respirei fundo
E doeu-me ter que me encontrar
Quase que fugi
Mas ao fim fugi para dentro de minha própria escuridão
Logo eu que tenho pânico de escuro
Mas lembrei que era pra isso que tinha ido lá
E agora estou assim
Sem sono
Viva
Feliz
Não quero fechar os olhos
terça-feira, 3 de maio de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
TRUE
Vamos brincar de o que é o que é?
Então vamos!
Pode ser tão doce
Pode ser tão doce que enjoa
E te faz fugir para a bagunça tão linda dentro de ti
Pode ser ácida
Pode ser tão pouco ácida
Que nem me toca, nem me abala e me deixa só no meu topo
Pode ser azeda
Pode ser tão azeda que me afasta
Me empurra pra dentro de mim e me afasta pra longe de vocês
Pode ser apimentada
Pode estar apimentada de forma equilibrada
Que me faz correr atrás dos detalhes dos meus sonhos
Para que esses busquem a verdade
Então vamos!
Pode ser tão doce
Pode ser tão doce que enjoa
E te faz fugir para a bagunça tão linda dentro de ti
Pode ser ácida
Pode ser tão pouco ácida
Que nem me toca, nem me abala e me deixa só no meu topo
Pode ser azeda
Pode ser tão azeda que me afasta
Me empurra pra dentro de mim e me afasta pra longe de vocês
Pode ser apimentada
Pode estar apimentada de forma equilibrada
Que me faz correr atrás dos detalhes dos meus sonhos
Para que esses busquem a verdade
domingo, 17 de abril de 2011
A roda da fortuna
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Colombina renascente
O sol nascente
A lua que deságua
Acordam e Adormecem
Colombina
A rainha da manhã
A princesa da noite
Que de tantas funções
Para com seu reino
Não pode mais
Adormecer em si
Outros então
Nela adormecem
Mas não a acordam
Para o que ela
Mais quer
Quando ele
Menos quer
Armazeno na dispensa todos bens
Que outros dispensariam
Abro a mão
Fecho os olhos
A lua que deságua
Acordam e Adormecem
Colombina
A rainha da manhã
A princesa da noite
Que de tantas funções
Para com seu reino
Não pode mais
Adormecer em si
Outros então
Nela adormecem
Mas não a acordam
Para o que ela
Mais quer
Quando ele
Menos quer
Armazeno na dispensa todos bens
Que outros dispensariam
Abro a mão
Fecho os olhos
segunda-feira, 4 de abril de 2011
domingo, 27 de março de 2011
Cilada
Meu gosto ácido de mulher moderna neutraliza até então a doçura da menina tão distante
Até então, até a paz vir ao meu encontro sem eu nem pedir, sem eu nem ter tempo de imaginar...
Beijo doce que fugiu e me fez voltar a ser doce
Por quê?
Eu, tubarão, em momento de ataque
Tu,, em momento de fuga
Nem tive tempo de apreciar tua coroa
Podes ficar submersa por 20 minutos no mar
Eu, posso ficar mais e mais tempo submersa em mim
Pra depois te reencontrar
Numa cilada
Cilada de desejo bom
Ácida
E
Doce
Até então, até a paz vir ao meu encontro sem eu nem pedir, sem eu nem ter tempo de imaginar...
Beijo doce que fugiu e me fez voltar a ser doce
Por quê?
Eu, tubarão, em momento de ataque
Tu,, em momento de fuga
Nem tive tempo de apreciar tua coroa
Podes ficar submersa por 20 minutos no mar
Eu, posso ficar mais e mais tempo submersa em mim
Pra depois te reencontrar
Numa cilada
Cilada de desejo bom
Ácida
E
Doce
quarta-feira, 9 de março de 2011
Dias das mulheres
A liberdade vem assim sem avisar
Sua melodia pode ser serena
Encantadora para os ouvidos
Sua melodia pode te auto-descentralizar
Encantadora para os ouvidos
Quem disse que encanto é sempre bom?
Quem disse que há um manual para com ele lidar?
Fogos de artifício pra te prestigiar
Fogos de incêndio para viva te queimar
Queimar teu corpo
Inalar a essência da tua alma
Alma cinza, quase preta, mas nunca branca
mal-cheirosa, até me confundo com o enxofre de Nosferatus
Garfo colher e faca
Casa chão e teto
Janela rua você
Imagens Palavras
Tuas armas
Te desarma de teus vícios
E depois te arma com amor e guerra
Lembra que crias o mundo e que o homem também dele faz parte, não és a única, não és melhor, és diferente e igual.
Sua melodia pode ser serena
Encantadora para os ouvidos
Sua melodia pode te auto-descentralizar
Encantadora para os ouvidos
Quem disse que encanto é sempre bom?
Quem disse que há um manual para com ele lidar?
Fogos de artifício pra te prestigiar
Fogos de incêndio para viva te queimar
Queimar teu corpo
Inalar a essência da tua alma
Alma cinza, quase preta, mas nunca branca
mal-cheirosa, até me confundo com o enxofre de Nosferatus
Garfo colher e faca
Casa chão e teto
Janela rua você
Imagens Palavras
Tuas armas
Te desarma de teus vícios
E depois te arma com amor e guerra
Lembra que crias o mundo e que o homem também dele faz parte, não és a única, não és melhor, és diferente e igual.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
O caçador e a caça
Era uma mulher negra sentada em seu sofá verde. Mas eu só enxergava a porta branca e aquele seu batom vermelho. Eu, branca como a neve, mas pensava como escrava.
“Nunca mais quero ver essa sua cara branca” – ela sussurou cheia de opinião.
“Eu só queria ser livre” – eu revidei.
Diariamente, o sofá verde era decorado pela mulher negra. Diziam que o batom vermelho a realçava. Eu não sei de nada. Nunca a vi por inteiro, apenas via o vermelho.
De manhã, o trabalho me consumia. Mas as tardes e as noites... essas eu que consumia ao observá-la.
Tentei-a.
Decidi-me a tentá-la.
Até um dia em que o sofá verde ganhou um cobertor vermelho. Um cobertor que decorava-o, mas eu não podia nele sentar, pois minhas mãos já estavam sujas de sangue, minha mente já estava inundada de lágrimas de sangue. Lágrimas de raiva, pois seu sangue havia contaminado a minha posse.
E o sofá agora é meu
“Nunca mais quero ver essa sua cara branca” – ela sussurou cheia de opinião.
“Eu só queria ser livre” – eu revidei.
Diariamente, o sofá verde era decorado pela mulher negra. Diziam que o batom vermelho a realçava. Eu não sei de nada. Nunca a vi por inteiro, apenas via o vermelho.
De manhã, o trabalho me consumia. Mas as tardes e as noites... essas eu que consumia ao observá-la.
Tentei-a.
Decidi-me a tentá-la.
Até um dia em que o sofá verde ganhou um cobertor vermelho. Um cobertor que decorava-o, mas eu não podia nele sentar, pois minhas mãos já estavam sujas de sangue, minha mente já estava inundada de lágrimas de sangue. Lágrimas de raiva, pois seu sangue havia contaminado a minha posse.
E o sofá agora é meu
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um dos poucos mini-contos que escrevi
PESADELO
Pesadelo
Te chamo ou não te chamo
Espero
Aguardo
Te aceno
Finges não me olhar
Penso em desistir mesmo quando com esperança te chamo
Então tu vens
Mas quando vens
Eu não quero mais
Mania de decidir sem pensar
Teu taxi virou
Virou para direita
E bateu várias vezes na estrada
Estavas em pedaços
Pedaços unidos separados destroçados...
Te chamo ou não te chamo
Espero
Aguardo
Te aceno
Finges não me olhar
Penso em desistir mesmo quando com esperança te chamo
Então tu vens
Mas quando vens
Eu não quero mais
Mania de decidir sem pensar
Teu taxi virou
Virou para direita
E bateu várias vezes na estrada
Estavas em pedaços
Pedaços unidos separados destroçados...
FAROL AUTOMATIZADO
Não sou um farol automatizado
Tenho um vigia
E a ele pertenço
Moro no chalé nº 1
Na praia com cavalos
Na caixa com brinquedos
Sou um boneco com voz
Olhe pra trás de você
E verá a si mesmo
E verá
um volume pronto
O primeiro volume,
pronto,
mas perdido no mar.
E não está dentro de uma garrafa
E não será achado pelo que te chama:
Vem!
Tenho um vigia
E a ele pertenço
Moro no chalé nº 1
Na praia com cavalos
Na caixa com brinquedos
Sou um boneco com voz
Olhe pra trás de você
E verá a si mesmo
E verá
um volume pronto
O primeiro volume,
pronto,
mas perdido no mar.
E não está dentro de uma garrafa
E não será achado pelo que te chama:
Vem!
domingo, 23 de janeiro de 2011
São os teus olhos inquietos que te denunciam
Tua essência estocada dentro de si pronta pra se espalhar
Quando deseja o bem deseja sempre mais
E é esse desejo de sei lá o que, é que a define.
Menina intensa
Mulher inquieta
A dúvida é que a faz girar tanto em torno dos que ama
Que até se abandona.
Ame
Mas te ame ainda mais
E te odeie, diante das fraquezas e das forças que abominas
Quero citar defeito: quando tu te abandonas de forma egoísta
Quero citar qualidade: quando tu te abandonas pra se reencontrar
Defeito e qualidade
Palavras tão opostas mesmo quando pronunciadas
Mas unidas dentro de ti pra te formarem e reformarem e te revolucionarem assim:
Tua essência estocada dentro de si pronta pra se espalhar
Quando deseja o bem deseja sempre mais
E é esse desejo de sei lá o que, é que a define.
Menina intensa
Mulher inquieta
A dúvida é que a faz girar tanto em torno dos que ama
Que até se abandona.
Ame
Mas te ame ainda mais
E te odeie, diante das fraquezas e das forças que abominas
Quero citar defeito: quando tu te abandonas de forma egoísta
Quero citar qualidade: quando tu te abandonas pra se reencontrar
Defeito e qualidade
Palavras tão opostas mesmo quando pronunciadas
Mas unidas dentro de ti pra te formarem e reformarem e te revolucionarem assim:
os lados valiosos da moeda
Há pessoas para as quais você não deve mostrar o lado esquerdo
Há pessoas que entenderiam apenas o seu lado direito
Podes ser destra ou não
Podes até ter um eu fantasma
Todos tem lados não medidos por esquadros
Lados invisíveis que só você vê
Lados nomeados ou não.
Agora eu entendi.
De qual lado estás?
Há pessoas que entenderiam apenas o seu lado direito
Podes ser destra ou não
Podes até ter um eu fantasma
Todos tem lados não medidos por esquadros
Lados invisíveis que só você vê
Lados nomeados ou não.
Agora eu entendi.
De qual lado estás?
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Joana
Uma linda música de Danny Mecha Charão pra mim :)
Quantas idéias, quanta loucuras
Sua vida é uma alucinação
Doce, meiga, insana e pura
nos poemas e na encenação.
Viajando vem a lua
Ela vem de avião
Ela na minha e eu na sua
Vem iluminar meu coração.
Muito tempo ela esperou
para ouvir a canção,
mas isso tudo porque
ela não tem explicação.
Ela simplesmente é
Quando quer chorar sorri
Quando fala de amor quase chora
Eu não quero te pedir
Mas, por favor, não vá embora.
Viajando vem a lua
Ela vem de avião
Ela na minha e eu na sua
Vem iluminar meu coração
Muito tempo ela esperou
para ouvir a canção,
mas isso tudo porque
ela não tem explicação.
Ela simplesmente é.
:)
Quantas idéias, quanta loucuras
Sua vida é uma alucinação
Doce, meiga, insana e pura
nos poemas e na encenação.
Viajando vem a lua
Ela vem de avião
Ela na minha e eu na sua
Vem iluminar meu coração.
Muito tempo ela esperou
para ouvir a canção,
mas isso tudo porque
ela não tem explicação.
Ela simplesmente é
Quando quer chorar sorri
Quando fala de amor quase chora
Eu não quero te pedir
Mas, por favor, não vá embora.
Viajando vem a lua
Ela vem de avião
Ela na minha e eu na sua
Vem iluminar meu coração
Muito tempo ela esperou
para ouvir a canção,
mas isso tudo porque
ela não tem explicação.
Ela simplesmente é.
:)
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